quinta-feira, 14 de julho de 2011

Supermassive

Muito esforço. É a conclusão mais fácil de se ter sempre e sempre: muito esforço. O problema é nunca sair do lugar, ou mudar de ares então não sei se esforço é a palavra. É muito. Isso! É muito e nada mais. De pouco em pouco tudo se desenvolveu e se tornou muito. Muito tempo, muito trabalho, muita atenção, muita dedicação, muita preguiça, muita falta de vergonha, muito ciumes, muita inveja, muita vontade de que tudo acaba.

Clic-pow. Sem tempo nem pra ter medo. Um tiro certeiro no fundo da cabeça e não precisa ser nem um tiro real, o suficiente para matar o eu que me de destrói, o eu que deixei se criar.

Subindo e descendo eternamente. Esperando coisas que eu não deveria de pessoas que eu nem sequer podia ter tido contado nessa vida. Hiatus, corporal, emocional. Falta algo no meio desse muito, falta o primordial. O fogo pra que todo o resto queime em razão de ser.

Falta um pouco mais de você em mim, um pouco mais de mim em você e principalmente, um pouco menos do meu ser no mundo. Acho que só memórias já bastariam agora.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Poetarei

E tinha esse rapaz que queria ver mamãe nua
mas queria tanto que adotou um órfão pra impressiona-la
acontece que o garoto não era órfão
aí eu acordei

contei pra mamãe e nós rimos
mais tarde naquele dia, encontramos com um rapaz que parecia querer ver a mamãe nua
e ele tinha adotado um órfão
mamãe e eu nos olhamos
rimos e começamos a xingar e desprezar o rapaz e seu filho.

Acontece que no mundo real
o garoto era realmente órfão
Conclusão: Falsos órfãos vivem em mundo falsos
a realidade nunca deve ser baseada numa ilusão.