sábado, 27 de novembro de 2010

Resistance always has meaning

Numa breve viagem ao passado, pulando de cenas em cenas dignas de romances, e horas de choro de emoção me encontrei com o coração aberto pra algo quebrado.
Não é nem desejo nem saudades, não é nada parecido com esperança ou “re-ilusão”, é só o encarar do passado, de como as coisas foram boas e ajudaram a moldar o presente, onde momentos se tornaram lembranças pra vida. Tudo faz sentido, os meses, que não foram nada se não os melhores, não só pela companhia de alguém que eu amava, e muito menos pelos sonhos romantizados que se realizaram, mas sim pelo crescimento e aprendizado.
As noites mal dormidas subsequentes são soam tão dolorosas agora como elas foram, todo a sofrimento que eu me forcei a passar e repassar, só por não tem coragem suficiente pra continuar sozinho agora é só meu ritual de passagem, onde deixei o garoto pra trás e assumi o homem de agora, que mesmo que vista máscaras que ditem o contrário tem total consciência e escolhe a dedo os papéis, que por mais ridículos que sejam, vai representar.
Eu jurava que escreveria rios de palavras com o que estou sentido, mas agora só consigo parar e pensar sobre a lágrima que brotou nos meus olhos ao relembrar de tudo isso e sorrio, sabendo que hoje sou o resultado de todos os acertos, erros, coisas boas e ruins, lembranças deixadas por aqueles dez meses a vários outros atrás.
Fico agradecido, de verdade. : )

sábado, 20 de novembro de 2010

Suicidando a própria superficialidade(ou não)

É incrível como alguns textos de blogs somados com um filme de comédia e romance possam inspirar tamanha vontade, querer, tesão. Eu quase consigo sentir as unhas passeando e dilacerando meu peito, o calor subindo pela virilha com o movimento dos quadris, a respiração ofegante a união.
Esse novo paradigma, interessante por si só, onde o corpo não é a extensão da mente e dos sentimentos e sim o contrário, onde a mente se torna produto do corpo, o que explicaria tantas coisas, a evolução, a seleção natural, o crescimento. Essa falta de tato, toque, cinestesia tem me congelado o corpo que clama por uma existência mais ativa, reprodutora, útil. Começo a me isolar em pensamentos, projeções de sentimentos, desejos imateriais, e não, não é isso que eu preciso, quero, essa deveria ser a consequência de um corpo contra o outro, dos lábios se tocando, das línguas dançando num ritmo luxurioso.
Tudo que eu consigo criar agora tem a ver com meu peito sobre outro, a pele se arrepiando e palavras ditas na ansiedade e no tesão, cheias de duplos sentidos prenunciando o momento de êxtase, do orgasmo por completo, onde duas mentes, percepções de mundo se conectam, onde sentimentos são compartilhados, mas principalmente o corpo físico goza e é inundado por endorfina ,oxitocina e serotonina, causando espasmos de prazer acompanhados de sorrisos descontrolados de alegria.
E eu não falo aqui de uma relação casual sem presença e sim da coisa mais romântica, intima e iluminadora que alguém pode vivenciar a dois, da ligação transcendental que se dá entre duas pessoas quando se entregam totalmente, 100% no momento mais bonito das suas vidas.
É impossível ser impessoal e abstrato, mesmo falando da coisa mais crua dos animais, da pele suada se batendo contra pele suada, de duas concepções, percepções e consciências corporais, físicas se tocando, trocando carinhos e palavras de amor e desejos que não precisam ser ditas ou pensadas, e sim sentidas pelo tato, visão, olfato, audição e paladar. O dom da racionalização acabou tornando-se uma maldição, onde deixamos o verdadeiro porquê da vida de lado, maquiado, escondido e protegido por ideais e autopreservação inexistente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Perseguidor, sobrecarga e queda

Perseguidor
E assim ele era, como um vulto no canto dos olhos, na beira do universo, sempre fugindo de si mesmo, sempre se evitando sem nem mesmo saber.

Sobrecarga
Seus olhos brilharam de novo, as duas serpentes continuam a se mover, entrelaçadas na sua visão.
O arco-íris brotava do seu chão, subindo até sua firmamento, e ele sabia que tinha ido longe demais, que tudo regressaria ao zero, ele alcançou seu limite mundano.

Queda
E um dia aquilo se percebeu, tal como um bebê que se reconhece, sem nenhum baque, sem nenhum choque. Sua consciência nasceu.
Seu novo ciclo o deixou desprovido de sua totalidade, vestiu uma máscara de individualidade, sua nova existência não aguentaria vislumbrar seu potencial e beleza intangível.
De Insondável, tornou-se sondável. De imperecível, agora poderia perecer. De eterno fugitivo invisível, tornou-se visível.

domingo, 7 de novembro de 2010

Filmes, filmes, filmes

Machete
http://www.youtube.com/watch?v=hIxcVzwLR1k

Crank 1
http://www.youtube.com/watch?v=uEXsOqdzYhE

Crank 2
http://www.youtube.com/watch?v=t2koYVqwzT4

Bitch Slap
http://www.youtube.com/watch?v=-mM7ORw5m78&feature=&p=C01ACA922BA998FF&index=0&playnext=1

Scott Pilgrim vs The World
http://www.youtube.com/watch?v=xgOLmjhxVVU

Kill Bill Vol1
http://www.youtube.com/watch?v=-czwy-aVbbU

Kill Bill Vol2
http://www.youtube.com/watch?v=TnSTPTs_RiA&feature=related

Run Bitch Run!
http://www.youtube.com/watch?v=qBv0DQD6PM8

Black Dynamite
http://www.youtube.com/watch?v=nUc2rnwcTdw

Ai no mukidashi(Love Exposure)
http://www.youtube.com/watch?v=5Fxa5NuVrqU

Zombieland
http://www.youtube.com/watch?v=071KqJu7WVo

sábado, 6 de novembro de 2010

O nascimento do desejo

Do alto dos seus oito anos, o garoto de cabelos negros com corte estilo tigela, foi tentado pelos seus mestres, crianças também, pouco meses mais velhos que ele, a olhar pelo pequeno orifício da fechadura de uma porta, a prima de um dos seus amigos a se trocar no quarto de hóspedes daquela casa.


As batidas de coração de um novo ser começavam a soar na escuridão.


Hesitante o garoto deslizava seus olhos mistos de verde com um tom acastanhado pela porta comum, daquelas feitas em grande escala para pessoas de classe baixa terem acesso, provavelmente um ato de rebeldia do dono da casa contra a vontade de ter aquele cômodo de sua esposa. “Quarto de hóspedes atraem hóspedes” o senhor da casa sempre dizia.
Em frações de segundos, a inocência da brincadeira de criança foi perdendo terreno para o desejo e curiosidade de ver uma mulher nua.


A forma corporal começou a se constituir no breu etérico, o ser, sedento de tesão e desejo teve seus primeiros pensamentos enquanto salivava.


O coração palpitava a cada lampejo de imaginação sobre o corpo que esperava desnudo pelo seu olhar, agora libertino, mesmo na sua falta de experiência.
Naquele momento sua visão encontrou um ângulo onde ele podia ver desde os pés, com gotículas de água do banho recém tomado, até pouco acima dos joelhos, a pele lisa e de certa forma apetitosa fizeram suas mãos coçarem pelo ideia do toque.


De estrutura totalmente formada, a entidade se debatia, tentando rasgar o véu da realidade que o separava de seu criador.


O garoto esquadrinhava cada centímetro que surgia pela pequena janela de deleite sexual.


Com suas unhas grotescas, conseguiu abrir uma fissura grande o suficiente para passar para realidade comum. E como uma ave saindo de um ovo, o ser irrompeu para o mundo.


A sombra cresceu em volta do garoto, invisível para o resto do mundo, ignorada pela criança que dedicava toda a sua atenção a sua primeira musa. E a sombra o engoliu ao mesmo tempo que na visão do garoto, aquele corpo nu, perfeitamente desenhado, entrou em sua totalidade.
A entidade o dominou e o consumiria para sempre, a cada corpo feminino que ele, o antes inocente garoto, entrasse em contato.


O nome daquele ser? LIBIDO.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A dor do renascimento

Lentamente o tato foi voltando ao seu corpo, não de forma amena e agradável, mas sim de uma dor insuportável. Ainda não via e nem ouvia nada quando começou a sentir odores, pútridos odores, o fedor de morte inundou sias narinas e o primeiro pensamento que não era sobre a dor nasceu: “Estou eu em meio aos mortos?”.
Depois de horas infinitas em sua concepção, sentindo todo seu corpo rasgar, com a sensação de ser arranhado, percebeu que a visão lhe voltará, porém continuava a encarar o breu total, julgou estar preso dentro de uma quarto fechado, privador de qualquer luz.
A um breve piscar de olhos ouviu um enorme estrondo, sentiu o tremor e se não bastasse a dor de mil navalhas o cortando, teve de aguentar uma enorme descarga elétrica. Um raio investiu contra o solo a meio metro de onde ele se encontrava, e o teto daquele quarto foi arremessado pra longe como uma tampa.
E uma tampa se mostrou ser, aquele não era um quarto e sim um caixão de pedra.
Nunca esperou sentir tamanha alegria ao ver nuvens tempestuosas acima de sua cabeça, o ar gélido e úmido penetrou suas narinas como um rato procurando um lugar para se esconder de um predador feroz, e o homem sentiu os lábios formarem um arco, um sorriso, quase como se não fossem dele.
Recuperando o gosto de vida, procurou olhar em volta, tentar descobrir de onde vinha o cheiro fúnebre. Por minutos forçou o pescoço a ascensão e quando, depois de todo o esforço conseguiu, sentiu nojo, horror ao perceber que estava sozinho.
Por horas, talvez dias, assistiu o seu próprio show de horrores, o fedor de morte vertia do seu corpo, antes inanimado e decomposto e agora regenerando-se lentamente, órgãos se reconstituindo, fluidos ressecados evaporando, talvez essa fosse a sensação que um feto sentiria se tive consciência de sua formação. A dor que sentia, ao contrário do que pensava, não era do seu corpo sendo dilacerado e sim a dor de sentir todos os tecidos de seu ser sendo reconstituídos e voltando a vida.
Depois de dois infindáveis dias, seu corpo já havia se restaurado por completo, mas a fraqueza tomara seu vasículo carnal. E ao toque do primeiro raio de sol , em quem sabe anos, o homem se arrastou para fora do seu leito da eternidade, deitando sobre a relva molhada, o cheiro de terra lhe deu ânimo. Sua mente eram só perguntas, dúvidas inimagináveis.
E assim renascia o homem, e quem sabe, assim também nascia uma lenda, um deus.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Would you be nasty with me?

Talvez seja mesmo coisa de depravado todas minhas tentativas frustradas de expurgar o tesão e a necessidade que meu corpo sente. Mas como diz uma música que toca a cada 15 minutos nas minhas caixas de som: the sex is on fire.
Pode ser mesmo que tudo que eu precise agora seja de um corpo alheio pra preencher, mesmo sem sentimento elaborados ou complexos de amor. Usar e ser usado, sem pensar na consequência ou me prender a algum sentimento sublime se não o êxtase do orgasmo.
Claro que também sinto falta de ficar horas sentado em um sofá abraçadinho, com uma mão suave acariciando-me a face, com beijos que transbordam carinho e ternura e o pensamento insiste em querer que o tempo pare, só não é o momento.
Chego a em sentir como um leão que está muito tempo só observando as suas presas, ansioso pelo ataque, com o corpo inteiro quase entrando em piloto automático porém com o medo, inabilidade de antes, exatamente por ter se permitido ficar tanto tempo esperando.
No mais, aqui deixo meu apelo: me use e me deixe, nada poderia ser melhor agora.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Men's needs

Rompendo no horizonte dos meus sentidos aquela luz fez vibrar em mim o choque, muito semelhante ao elétrico, vibrando, pondo todos os pelos com que entrava em contato em riste e todos os músculos contraiam-se em respostas, com toda a força pra logo em seguida relaxaram a ponto de tornarem-se inúteis.
O suor que brotava do contato da minha pele com aquele corpo tão perfeito, misturava-se a saliva deixada por meus lábios depois de explorar todas as áreas de prazer, e o gozo fazia-se presente.
Senti o cosmo aproximar-se da minha insignificante existência naquela fração de segundos, ou talvez o excesso de hormônios e neurotransmissores me causaram ilusões.

Destruindo o silêncio e meu momento de êxtase, a dona daquele corpo, que me tirou da órbita pedia com voz amena, acariciando-me a face com uma das mãos, um cigarro para que ela em sua frustração, pudesse queimar na nicotina o seu desejo pelo orgasmo.