quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mais do mesmo


Ele acendeu seu ultimo cigarro, tragando lentamente não parecia nervoso para quem quer que passasse naquela rua, mas já era seu quinto cigarro somente na ultima hora. Qualquer um olhava seu rosto, dizia que era um rapaz de poucas palavras, com suas roupas justas, cabelo arrepiado que levavam em si cores claras como castanho e loiro e cores sombrias como preto, refletindo seu estilo de vida, claro demais em momentos, de supremacia escura a maior parte do tempo, notava-se também sua barba por fazer, e um nariz um pouco protuberante. Não era um exemplo de beleza, e mesmo não sendo, não ligava pra isso.
Respirava devagar, tentando aproveitar totalmente a nicotina da sua fumaça. Exalava um ar de tristeza e isolamento, guardava no olhar a intenção de estar em outro lugar, ter outra vida. Reclamava muito pra si e para o outro do seu marasmo, do alto dos seus quase vinte anos sentia-se entediado, sem futuro, morando em momentos únicos e de curta duração do seu nada vasto passado.
Esperando, não sabia pelo quê, mas tinha uma intuição sobre isso que não o deixava nada feliz, pois sabia que se fosse o que achava, esperaria pra sempre e em vão.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cor, cor


Azul-celeste era sua mente
Como o Céu, eles diziam
E aquele garoto sempre acreditou

Não, não, não. Ele nunca comprou essa ideia, porém alguns sonhos sim. Sempre comprando por pequenas coisas superficiais, e sempre os consumindo quase que instantaneamente. Mas nunca acreditou que sua mente poderia alcançar uma cor tão pura, fez questão de se enterrar no lodo esverdeado, de um gosto amargo e infeliz num dia de sol.
Quem sabe, quem sabe alguém pode tira-lo dali, com um sopro, um arranhão ou mesmo uma mordida. Pra voar e mesmo que sua mente não seja da cor do Céu, ela estaria próximo a ele.
Se enterrando no lodo pode ser que vá tão fundo que encontre o céu que fica debaixo de tudo, onde borboletas vivem em casulos até se tornarem lagartas para voar, onde aves ficam a vida toda retrocedendo até se tornar um belo e maduro ovo. Um céu onde sua vida correria de trás pra frente e ele poderia viver novamente aqueles poucos dias de felicidade extrema, onde cada sorriso significava real alegria.

Qureack pow, num salto mortal infinito o loop continua, o garoto da mente não tão azul-celeste se achava fora de fase, no vão entre dimensões paralelas, sem gritar, sem mexer.
-Olha! Que lindas estrelas, a galáxia toda está dentro do meu...estômago? - Brincava de se perguntar.
De todos, ele era o único que sabia a resposta, é óbvio que naquela maçã que havia comido estavam contidas todas as existências. Qualquer idiota com um QI razoável notaria que o Universo todo girava em torno daquele umbigo.

Escarlate era sua mente
Como o Inferno, eles temiam
E aquele garoto sabia que era verdade


domingo, 20 de novembro de 2011

Cinema


Ele via sua vida como uma sucessão de vários curta-metragem, todos com mesmo tema. Sempre com aquela impressão de solidão. Só desejava algo épico, uma única vez, algo único e grandioso.
Sem poder pausar ou mesmo mudar de mídia continua vivendo nesse ciclo, sempre cansado e distante das coisas. Deveria parar de pretender as experiências e as fazer acontecer, mas sua procrastinação e preguiça não lhe permitem. Tenta em vão por blackouts de luz na sua existência com entorpecentes que pouco funcionam. E espera o dia em que sua tela vai ser desligada, nunca realmente vivendo, sempre observando, rindo e chorando sozinho, sentado no seu banco e olhando pros lados todo o tempo em busca de alguém que não está lá pra tecer algum comentário sobre seu próprio filme.

domingo, 13 de novembro de 2011

Persona


Eu te evito por não conseguir parar de sorrir enquanto falo contigo. Pode parecer raiva, mas não é, não tem como não consigo me controlar e não quero me machucar ainda mais. Enquanto isso as pessoas que eu queria sorrir sem me segurar não me causam esse efeito.
É injusto, cruel até.
Tenho notado minha pessoa ficar inflexível, minhas personas estão se tornando uma só, amarga, distante, depressiva e a única vez que eu consigo vestir uma máscara diferente é quando falo com a pessoa que eu deveria manter distância, tentando demonstrar que está tudo bem, não me falta nada.
Estou condensando, me tornando lento e pegajoso, ficando pra trás parado no tempo e emburrecendo.
Tornar-me uma estátua não me seria ruim. Os pensamentos de não querer ter conhecido alguém foram substituídos pelos de não querer existir nessa realidade e eu não encontro nenhum escape que seja grande o suficiente.
Me sinto como o Chapeleiro Maluco depois que Alice foi embora, vazio, insano e sem diversão.
Quero tudo, quero um futuro. Mas o que eu realmente desejo é não estar aqui, não ter nascido nessa vida.
Meu poder de materializar minhas personas foi embora com meu tesão incessante e minha capacidade de me sentir livre e a procura de um novo amor.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rodando


Enclausurado em uma cela continuo incessantemente a escavar esta parede com minha única chance de liberdade, uma pequena colher de sopa. Dia após dia repetindo os mesmos movimentos, pra cima e pra baixo tentando destruir os metros que separam-me da liberdade incondicional.
Minto! Às vezes troco a forma, direita esquerda, mudo de mão, somente pra tentar me iludir que estou jogando um jogo diferente, em vão. A parede continua a mesma, quase intacta, o objetivo continua o mesmo, impossível.
Acompanhando tudo em terceira pessoa, em um quase transe começo a divagar se realmente estou fazer o certo. Se há mesmo essa liberdade, relembro-me que um dia já a tive e não me era muito melhor que essa existência automática. Me mantenho, não posso parar se não desapareço para sempre.
E não seria melhor desaparecer? Não é tão simples, concluo. Já fiz coisas demais pra simplesmente desaparecer, as memórias que deixo pra trás irão machucar se eu não estiver presente para justifica-las. Preciso de um tempo, umas férias desse meu pouco, dessa minha forma de ser.
Calos se formam, bolhas estouram, e eu sempre me convencendo que a liberdade por fora dessas paredes é um lugar melhor.
Minha cela sempre mudando, agora ela é meu quarto e minha parede inexiste. Mas continuo escavando, a cada letra digitada sinto um pouco dela se dissolver, porém, a cada sentença finalizada ela retorna a sua forma original.
As palavras ditas batem e quebram, os sorrisos que eu mostro revestem mais e mais este lugar, a cada mente ludibriada para achar que está tudo bem, a cada essência enganada pra convencer a mim mesmo que um dia isso vai ter fim eu me entrego ao vazio.
E nessa existência vazia eu me encontro, me sou suficiente, sem esperanças para algo, tentando não me apegar ao passado eu me mantenho aqui, firme, me matando aos poucos só pra não parar, só pra fingir uma motivo pra continuar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Constante

Relembre aquelas cenas de comédias românticas onde o protagonista toma consciência da sua solidão, isolado em casa, se entretendo com sua pessoa, procurando qualquer coisa pra lhe tirar do tédio de conviver somente consigo. Relembrou? Essa tem sido minha existência, esse mesmo clima, essa mesma situação, a todo o tempo. Isso não é uma reclamação ou tentativa de ser vítima, é a constatação sobre o lugar que me coloquei e as únicas pessoas que eu permito se aproximarem com a esperança de me ajudar a sair disto estão mais enterradas nesse mesmo sentimento que eu.

Ainda desejo inúmeras coisas, diferentes passados e mantenho-me sem muitas esperanças para o futuro. Vivo constante perdendo a crença nos sentimentos verdadeiros, não de forma que me dê vontade de chorar, eu só não consigo mais sentir a possibilidade de algo como o amor existir. Indo pra baixo, pro fundo e me sinto confortável com isso, feliz não, somente confortável. Sei que não é algo bom, imploro por um trauma que mude isso mas não procuro forças pra me tirar disso por mim mesmo.

Sou só, me sinto só.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Supermassive

Muito esforço. É a conclusão mais fácil de se ter sempre e sempre: muito esforço. O problema é nunca sair do lugar, ou mudar de ares então não sei se esforço é a palavra. É muito. Isso! É muito e nada mais. De pouco em pouco tudo se desenvolveu e se tornou muito. Muito tempo, muito trabalho, muita atenção, muita dedicação, muita preguiça, muita falta de vergonha, muito ciumes, muita inveja, muita vontade de que tudo acaba.

Clic-pow. Sem tempo nem pra ter medo. Um tiro certeiro no fundo da cabeça e não precisa ser nem um tiro real, o suficiente para matar o eu que me de destrói, o eu que deixei se criar.

Subindo e descendo eternamente. Esperando coisas que eu não deveria de pessoas que eu nem sequer podia ter tido contado nessa vida. Hiatus, corporal, emocional. Falta algo no meio desse muito, falta o primordial. O fogo pra que todo o resto queime em razão de ser.

Falta um pouco mais de você em mim, um pouco mais de mim em você e principalmente, um pouco menos do meu ser no mundo. Acho que só memórias já bastariam agora.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Poetarei

E tinha esse rapaz que queria ver mamãe nua
mas queria tanto que adotou um órfão pra impressiona-la
acontece que o garoto não era órfão
aí eu acordei

contei pra mamãe e nós rimos
mais tarde naquele dia, encontramos com um rapaz que parecia querer ver a mamãe nua
e ele tinha adotado um órfão
mamãe e eu nos olhamos
rimos e começamos a xingar e desprezar o rapaz e seu filho.

Acontece que no mundo real
o garoto era realmente órfão
Conclusão: Falsos órfãos vivem em mundo falsos
a realidade nunca deve ser baseada numa ilusão.

sábado, 11 de junho de 2011

Resumo dos últimos episódios

Queria dizer que não me importo mais, mas não tiro ela da cabeça. Todas aquelas coisinhas, detalhes, planos, até tô quase uma bixinha chorando por pouca coisa romântica. But in the other side, eu também espero grandes resultados da minha vida de solteiro. Algo especial, não co-dependente. Mas não sei, nasci pra isso.
Eu ainda namoro aquela garota, mesmo ela não estando comigo.

Resumo dos últimos episódios: Perda de garota que eu amo, surpresas feitas pelas duas outras garotas que eu mais sou agradecido e feliz por ter conhecido, joguei rpg, corridão de 3 manos até quase em casa, começo a acompanhar “How I met your mother” reprovação no teste de direção por causa de um fdp que não transa à duas décadas no mínimo. E por fim: a conclusão de que eu quero minha ex-namorada comigo, mesmo nada sendo da mesma forma.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Parte I

Essa história não vai ter final bonito como foi seu inicio, beira ao doentio e obsessivo.
É difícil identificar a linha tênue que separa amor de obsessão, desejo de necessidade e por fim: a força de lutar pelos seus sonhos com a fraqueza de não conseguir deixa-los ir.
Assim me encontro, no meio disto, rezando por um insight que me faça ver que não vale a pena na mesma proporção que desejo que as coisas voltem a ser a dois, como poucas semanas atrás.
Mas primeiro o começo: tenho que dizer quem eu sou e como cheguei aqui. Meu nome não é importante, quem me conhece reconhecerá, mas para não causar confusões pode me chamar de Vazio.
E vazio como sou, tenho a pele clara, olhos castanhos e cabelos ondulados também castanhos, numa intensidade mais clara, geralmente ostento uma barba por fazer, de quem não se importa com nada. Cresci numa boa família como tantas outras, nem perto da família perfeita, sofrendo e poupando cada centavo para ter um conforto moderado, família esta que se sacrificou para dar aos filhos uma perspectiva de futuro. Pais que fizeram tudo ao seu alcance, mas que para mim, Vazio, não me levou a amá-los incondicionalmente. Falha minha, nada que eu possa culpá-los.
Minha infância não é nada memorável ou marcante, mesmo eu sempre ter sido tratado como especial, diferente...nada exagerado, só me consideravam com a inteligência acima da média. Me isolava um pouco em minha própria cabeça, mas nunca deixei-me isolar do mundo e das pessoas, sempre tive colegas que nutriam um estranho respeito alguns deles até apreciam me admirar e eu tenho que admitir, esse foi um dos catalizadores pra onde estou hoje. Encontrei também amigos de verdade posteriormente que faziam me sentir parte de algo.
O tempo passou e eu girei, mudei, brinquei, me machuquei, vivi milhares de mundos de fantasia: fui ao futuro e ao passado, controlei a natureza ao meu bel prazer, destruí governantes malignos do universo, me apaixonei pela princesa perdida em um sonho. Contruí tuneis, castelos e chorei...chorei muito.
Por quê chorava? Não sei, me sentia pouco[...]

Fez sentido, então compartilhei

"— Felizes os que choram, porque serão consolados. Mas por que
vivemos num mundo onde as pessoas escondem as lágrimas? Onde estão os que
choram pelo egocentrismo que venda nossos olhos e nos impede de ver o que se
passa na psique dos que amamos? Quantos medos ocultos nunca foram
revelados? Quantos conflitos secretos nunca ganharam sonoridade? Quantas
feridas nós causamos que nunca admitimos?"

Sem mais. Logo a fonte e recomendações pra mim mesmo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Irônico né não?

Tenho irônicas novidades, mas elas serão ditas pra uma pessoa em especial hoje e depois publicadas.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Se não quer se machucar mais, não leia caralho

Eu nunca escrevi nada sobre isso, não explicitamente e com tanta raiva. Então vai se foder com tudo isso. Eu te amo não é igual a eu te controlo e monitorar a vida, o que se escreve, o que se pensa não é e nunca será uma demonstração de afeto. Não me importo com palavrões, vou continuar falando o quanto eu desejar, quem não fala? Sinceramente? Só diz que não fala quem é hipócrita. Quantas vezes eu vi eles, os dois se segurando pra não falar, cortando o palavrão no meio pra manter a boa imagem. Sério, quem ama mesmo não tenta deixar pra baixo desse jeito, usando de chantagem emocional, então puta que o pariu PARE de fingir alguma coisa, família perfeita não existe, supere isso. E a culpa não é só minha, em toda relação cada indivíduo tem 50% de culpa no que acontece, quem fez por fazer, e quem “recebeu” por deixar uma situação propícia a isso. Vivo em um mundo de fantasias? Talvez, qual o problema disso ein? Preguiça de trabalhar? É assumo isso abertamente, agora, saber o porque da preguiça, o medo enorme de não ser capaz, de dar o passo inicial e cair sem alcançar nadinha não é necessário. Fake it until u make it. Mas voltando a fantasia, talvez o mundo real faça tanto sentido pra mim e seja tão sem graça e mecânico que eu fujo, e olha, podia ser bem pior, eu podia fugir pras drogas. Me internar no crack só pra não enfrentar a realidade, mas não, eu não quero e tento com todas as forças me fazer parte do mundo, do meu jeito, no meu ritmo. Pra minimizar os danos que possam ocorrer pra mim.
Agora, vai tomar no meio do cu quem se diz meu amigo e não fala pra mim o que acha que existe de errado comigo, vai se foder quem pensa que só existe um jeito de se fazer as coisas e que é o jeito que essas pessoas fazem, vai se ferrar quem diz se importar e fazer de tudo pro bem, mas na hora que precisa só notar que não tem uma única coisa soando certo na vida da pessoa não nota, não se importa e trata isso como infantilidade, birra. Eu tô satisfeito com meu jeito, eu sou feliz assim, e desculpa se não é o que você desejou quando deu pra um cara e acabou fecundada. Porque esta é a realidade, desculpa, qualquer coisa além desse fato é fantasia, coisa da sua cabecinha esperta e superior. Acho que agora sim tá bem explicito, sim estou falando da minha família e especificamente da minha mãe. Não estou triste, nenhum pouco, já que eu não me importo, que eu vivo de mentiras e ilusões. Fuck it, não tenho nada o que esconder. Qualquer chance de fazer as coisas certo inexistem agora. Qualquer pontinha de apego, todos os “não vou dormir aqui amor, minha mãe e irmã tão sozinhas em casa e a mãe se preocupa” só pra não dizer que quem se preocupava que algo acontecesse era eu não tem mais sentido. Se eu sou uma decepção, olhe no espelho e não pense o mesmo de si, porque olha, você consegue ser ainda pior, de verdade. E parabéns, grande parte de quem eu sou é por causa do que vocês fizeram pra mim, do jeito que educaram, da vontade que me incumbiram.

O jeito que eu escrevo é uma extensão da minha personalidade, o jeito que eu falo também, as coisas que eu faço que eu tenho vontade só dizem respeito a mim. Quer respeito? Comece respeitando de verdade, não se omitindo pra deixar tudo bem.
Sou tão inocente quanto você nesta história, nessa fantasia que você criou na sua cabecinha na qual eu sou um terrorista e minha única intenção na vida é destruir a família em que vivo. Você já disse várias vezes: eu não me importo. Por que raios você acha que é o centro do meu mundo se eu não me importo? Pare de agir como tal.




ps. Lembre todas as vezes que eu disse coisas como “se você não gosta, não quer ir, fale que não quer, pra quê manter uma imagem?” em relação ao seus relacionamentos forçados com as pessoas. E me diga, ou melhor, foda-se me dizer, admita pra si mesma quem é o falso e quem tem a sinceridade ao seu lado.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Natalie Rickli

Vou ser sincero contigo de um jeito diferente, talvez seja coisa de momento, talvez não...não importa, eu só quero dizer tudo.
Tenho medo, bastante medo do seu passado, das coisas que você já fez, dos caras que você já transou, das pessoas que você já mostrou seu olhar apaixonado, de quem você deu seu sorriso de satisfação e desejo. Tenho medo de ser trocado a qualquer momento, de pior: ser traído, de toda minha confiança em você não valer de nada. Fico apavorado com essas ideias, projeções, matutando em minha cabeça quando não estamos juntos, me martirizando por vontade própria, o coração acelera ao pensar que uma antiga paixão sua apareça e você mude de ideia, ou mesmo uma nova surja e eu seja deixado de lado.
A pior parte disto é que você não me dá motivos pra isso, é coisa minha, o lado ruim de estar completamente exposto e vulnerável a você. Mas estou aprendendo a conviver com isso, já estou entregue completamente...não por obrigação ou por não conseguir resistir, mas sim por vontade própria, por eu te amar e você ser tudo o que se tornou pra mim em tão pouco tempo.
É impossível não imaginar você fazendo tudo o que faz comigo, com os caras que te fizeram se sentir apaixonada, seria ridículo te culpar ou querer que fosse diferente até porque algumas das coisas que faço contigo já fiz com outras.
Sei que é recíproco, e acredito também que você esteja na mesma situação....entregue, amando, apaixonada e com muito medo. Também sei que é recíproco que não é uma relação normal, uma repetição do que já passou melhorada e sim, mesmo com atitudes repetidas algo totalmente novo, diferente, profundo e intenso.
Amo você, e por isso temo. Não penso ser um temor ruim que pode acabar com isso, mas sim consequência de um amor profundo, do receio de não ter mais você do meu lado e cara, você sabe, é a coisa que eu mais quero. Todas as vezes que te chamo de perfeita, sei dos teus defeitos, provavelmente já presenciei alguns mesmo não os considerando tão ruins assim quanto você acha que são e é por este motivo que você continua perfeita, não por não ter problemas, que é algo que você teve e tem, não por não parecer que vai me machucar porque parece, tanto quanto eu pareço que vou te machucar e sim pelo encaixe, pelo jeito a qual minha vida e a sua se mesclam e demonstram essa vivência do jeito que ela é. Por você ficar irritada com meus tapas na sua bunda, e logo em seguida derramando mel com palavras bonitas pra tentar transcrever os seus sentimentos de ternura.
Então Natalie Rickli, sei que não é muito o que eu já admiti aqui, que é óbvio apesar de não ter sido dito antes e eu quero que você saiba, eu tenho medo pra caralho de quanto você pode me machucar e a melhor parte, ou pior para alguns eu tenho desejo, muito mais desejo do que medo de continuar ao seu lado aproveitando cada detalhe, e dizendo todos os dias que te amo, te chamando de minha namorada, meu amor.
Por todos os motivos, todos mesmo a textura das suas coxas, a delicadeza dos seus seios, a sensação do seu pescoço, a pressão do seu beijo, o olhar de carinho, o sorriso de felicidade, seus cabelos, e por mais que você me ache um pervertido na maior parte do tempo, o meu maior motivo pra te amar é a garota que é dona de tudo isso que me dá tesão, a garota que me faz com um simples abraço, um beijo na mão o cara mais sorridente e alegre do mundo, a pessoa com que meu faço todos os dias neste ultimo mês e que por menor que seja o tempo eu não consigo pensar em outra descrição senão o amor. E sabe, stalkers gonna hate me, você foi a única garota no mundo que conseguiu tirar tais palavras da minha boca, ou melhor, colocar esses pensamentos na minha cabeça assim, do nada, em menos de uma semana e fazer com que eu queira repeti-las pela eternidade, mesmo que eu normalmente não acredite nessa coisa de eterno ou pra sempre, é só que contigo não tem como não querer que seja assim, pra todo o sempre.
Eu te amo, simples assim, complexo assim, de verdade. Eu te desejo, você me inspira tesão com só de se movimentar perto de mim. Quero te dar carinho, cafuné, te fazer se afogar em fofura se isso te faz feliz tanto quanto quero te dar orgasmos inesquecíveis. Eu te amo, do meu jeito, do jeito que eu aprendi a te amar nesse meio tempo. Te amo a todo instante, na cama, chuveiro ou deitado no seu colo numa estação ou parque olhando pro céu aproveitando seus afagos e me deliciando com sua voz me contando causos . Te quero aqui, comigo, pra sempre, sempre minha, sempre te amando.
Não te pedirei pra não me machucar porque me machuca o simples fato de ter que me despedir de você e ficar longe por algumas horas, e não é por fraqueza....ou talvez seja, não tenho motivos pra me esconder ou ser forte para com você só tenho motivos pra ser forte contigo, juntos pra nunca deixar isso se esvair ou ser destruído.
Eu te amo, e por mais que não seja bonito e te faça chorar de alegria é o que eu quero te dizer por agora, o que eu preciso te dizer por agora. Só te peço mais uma vez, das milhares de vezes que já te pedi: fica comigo? Comparado o potencial mal que que você pode me fazer, o bem que você me faz é infinito e eu só quero ter a chance de te fazer este mesmo bem, te fazer feliz como você nunca foi. Te fazer menina, mulher. Te fazer completa.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Furry walls kiss me to sleep

Acho que encontrei uma parede felpuda. Queria poder dizer mais, mas é tudo que eu tenho, e por pouco que pareça isso tem um significado enorme pra mim.
Preciso ver até onde vai, na esperança de não desaparecer tal como o único personagem virtual que fez lágrimas cair enquanto despencava desaparecendo para todo o sempre, ou até a inadmissível continuação.
Um choque entre dois mundos imaginários que não iria acontecer, um crossover inesperado, uma experiência linda que partiu de alguma fenda de anti-matéria.
Orlog sendo tecido pelas Norns de forma que dá medo, pavor mas principalmente admiração e êxtase.
Eu estou gostando de onde essa música está me levando sem saber dançar, no mesmo lugar onde pequenos gestos de carinho conseguiram ir a fundo me levando a outra dimensão.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Piratas salvarão o mundo

Às vezes fico assim, tão com os pés no chão que não consigo dar um único passo. E o mundo gira, rápido, voraz em minha volta, e eu, vulnerável tenho que focar um único ponto, tentar distinguir na minha visão embaçada um objetivo.
Fiquei muito tempo olhando o vazio, agora sinto a consequência dele me olhar em reciprocidade, é pesado.
De brincadeiras a brincadeiras, xingamentos, tapas escondem a vontade de abraços e carinho, tentando ao máximo reprimir algo, mesmo sem saber o que é. E tem sido difícil resistir ao morno calor que isto emana, sei que não devo me entregar totalmente, mas eu quero.
O lado bom tem sido, o passado no presente, os novos laços criados, alguns sorrisos espalhados por aí em alguns copos, beijos sinceros e de pura ternura em filtros de cigarro e a esperança de me alegrar por mais do que uma troca de palavras.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ima sugu henshin!

Uma frequente ânsia. Tenho algo entalado na minha garganta que não me deixa vomitar, penso eu ser algum discurso esquecido ou um grito de socorro.
A visão continua ofuscada, a cabeça girando e doendo, os movimentos mal calculados e a concentração longe. Quem dera fosse um efeito colateral do álcool . Pra falar a verdade, penso que esse é o melhor caminho pra sorrisos fáceis e menos dolorosos agora.
As teias tecem-se de forma artificial, sua estrutura parece pré-programada com joguinhos de poder, palavras, silêncios; e eu me enrolo, prendendo-me nisso.
As vezes sinto falar como se tivesse dizendo tudo, menos a verdade em si, o que eu quero dizer. Mas a verdade é, eu não sei, eu realmente não sei o porque, posso até apontar pra certos gatilhos, mas nenhum deles sozinho me deixaria aqui.
Do mesmo jeito que a ânsia vem, uma vontade súbita, de chorar me aparece, e eu quero chorar, como quero, seria minha salvação, o modo perfeito pra se extravasar qualquer coisa que não consigo colocar em palavras, mas nenhuma lágrima vem, não por isso. E os únicos momentos que meus olhos se enchem de lágrimas são por perguntas triviais sobre coisas que nem ao menos estão definidas, e que, principalmente não dependem de mim, coisas estas que já deixei expressa minha vontade e só espero algum pronunciamento, que sinceramente tenho certeza de ser negativo, como o esperado.
Talvez se eu ligar essas malditas músicas que me dragam pra baixo mais e mais alto o suficiente eu possa explodir algo, como minha sanidade. Ou a impressão que eu tenho dela.
Sinto falta da vida que nunca tive fora dos meus universos projetados, de uma vida de mendicância de sossego, de corpos espalhados madrugada a dentro, experiências lúdicas sem fim, uma grade infância irresponsável que eu só sairia sem um figado e possivelmente com um pulmão a menos. O suficiente pra me despedir.
Tem certas coisas que eu preferiria não ter conhecimento, atos e ideias estas que me deixam feliz ao mesmo tempo que me dão vontade de quebrar minha cabeça em qualquer parede a fim de esquecer.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED

EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED já era de se esperar, meus dois maiores problemas agora são a constante dor de cabeça e o tédio exagerado EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED EXPECTED  EXPECTED EXPECTED

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esperando, desesperando, desesperado, enlouquecido

Meio que esperando, e quando espero as palavras correm de mim, saem da minha cabeça para meus dedos e enfim são libertas da minha prisão.
Meio que esperando, checando a todo momento se eu ainda devo esperar, não chegando a conclusão alguma.
Meio que esperando, um tapa na cara, uma mordida no pescoço, e quem sabe, se eu tiver sorte um beijo sincero.
Meio que esperando, e meio cansado de esperar.
Quase desesperando, paranoico com minhas próprias ideias.
Quase desesperando, torcendo e distorcendo minhas próprias concepções.
Quase desesperando, acreditando e negando quaisquer coisas que me apresentem, deixando de lado algo importante. Tento descobrir o que.
Quase desesperado, indo pra cima e pra baixo, não da maneira divertida, muito menos da maneira frustrante.
Quase desesperado, quero um novo sonho, uma nova vida, uma ideia, um projeto, e talvez, um pouco menos de procrastinação.
Quase desesperado, procurando o porque dos porquês, procurando racionalizar o que eu sempre desejei só sentir.
Enlouquecido, sinto pouco, quase não sinto e dessa forma sinto muito, mas muito mesmo a falta de sentir algo.
Enlouquecido, uma carta de despedida, de quem, pra quem, não sei, acho que pra mim, pra algo que ainda não aconteceu, pra alguém que ainda não conheci.
Enlouquecido, você pode sentir esse arco-íris hibrido? Sempre achei que fosse uma referência a pink floyd, nunca me descobri errado.
Enlouquecido, me perdi quando entrei em hiatus, do que? Só eu saberia, e nem eu sei. Só viajo e com uma licença poética, desviajo em projeções, como se nada tivesse acontecido.
Enlouquecido, espero um pouco de lógica, desesperando-me de ansiedade por uma palavra, enlouquecendo-me com uma dúvida.
Meio que esperando por uma conclusão.

Um sonho pra variar

 As vezes esqueço que os meus sonhos podem servir pra postagens.

  De súbito, lá estava ela, radiante, chegava até parecer que o próprio sol era quem refletia sua luz. Essa não é, e nem será a primeira vez que passo por essa rua, tentando lembrar se algum dia já havia cruzado com essa pessoa majestosa, minha memória falha. Talvez seja a primeira vez que encontro, vejo, este ser, mas tem algo errado, tenho a sensação de já ter a visto em alum lugar. “Em um sonho talvez, pequeno Don Juan” penso. Não, não foi em um sonho, ela apesar de parecer gigante e linda, não faz o tipo perfeita, mulher ideal, não mesmo.
  A acompanho com os olhos, ao mesmo tempo que os devaneios começam. Nos vejo trocando carícias em uma varanda, o calor de um aquecendo outro, a pressão dos meus dedos ao afagar-lhe a face. Vejo também as brigas sem nexo que terminam em noites de prazer. Como seria nosso primeiro beijo, a primeira transa, as primeiras discussões, feitos, metas alcançadas, a nossa primeira casa, a falta de tempo pra um com o outro, os momentos de redenção, os abraços longos no sofá, o quanto eu seria feliz quando ela me dissesse que está grávida, os bacurizinhos correndo pela casa, até a dor do leito de morte no fim das nossas vidas. E eu desejo tudo isso pra mim.
  Ela está em minha frente agora, desfilando como se o mundo a pertencesse, o sorriso no rosto.
  “Vai lá garotão, fale algo” tento me convencer. Não, não posso, eu não tenho tempo pra isso, já tenho pouco tempo entre emprego e estudo e além do mais, já tenho uma parceira. Se bem que, nosso relacionamento é mais por convenção, o amor não é o mesmo de antes, a paixão não me aquece o peito e eu nem suspiro pensando em nós dois mais, mas a vida é tão mais fácil, por mais que briguemos e estamos em constante estado terminal, eu agradeço por não estar sozinho, ter alguém pra não me sentir solitário, mesmo não sentindo aquela coisa intensa.
  “É, não posso, não devo.” São as palavras ecoando em minha cabeça, mas será mesmo a verdade? Eu posso, e eu deveria, não é justo deixar minhas vontades de lado e muito menos viver uma relação a qual eu pertenço por preguiça de mudar. “Não, não, não. Minha vida é boa demais”.
  Me prendi de novo, sempre esse ciclo. Tenho o que? Medo, provavelmente é isso, medo de nada funcionar, e eu ficar sozinho pra sempre, de não conseguir fazer uma nova pessoa feliz e muito menos ser feliz. Fraqueza, é isso também, eu não tenho controle sobre minha própria vida, me deixando de lado pra quê? Uma vida sossegada e previsível? É isso! E qual o problema não é? Quem não quer uma vida assim? Eu não.
  Eu vou conseguir, não irei ficar sozinho, nada vai mudar se eu não mudar, nunca vou crescer se não dar chances pra o que eu quero, e um “Oi, quer tomar um café?” não vai ser tão ruim. Eu quero algo mais pra mim, viver de verdade, com a intensidade de um sentimento, a paixão pulsando, o coração palpitando, a respiração ofegando, eu quero tudo isso.
  “Onde está ela?” me pergunto frustrado. Mais uma vez, por mais um dia a deixei passar. Se eu me arrependo? Não sei, gostaria de dizer que não, parece falso, mas não é desesperador. Talvez ela fosse a mulher da minha vida, minha musa por alguns dias, a mãe dos meus filhos ou a pior mulher que eu poderia conhecer. Provavelmente amanhã vai acontecer novamente e eu nunca vou descobrir. Voltarei pra minha vida, minha parceira, continuarei na monotonia. Qualquer coisa além disso é não passa de um simples sonhos gerado na comodidade.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Explodi na decolagem, graças a deus

Eu consigo te superar todos os dias. Porém, é só eu passar mais de uma hora falando contigo, que eu me apaixono de novo.
Eu exagero, me empolgo, crio e ignoro, só pra depois adorar um sentimento que eu sempre quis pra mim. No final, é sobre eu projetar uma vida toda dentro de um pequeno devaneio, de uma imaginação sem peso ou propósito.
De “Where's my mind?” para “Sugar, we're going down” com um sorriso no rosto e um coração palpitando.

I wanna rock! ROCK!

Eu deveria estar surtando não é?
Acho um exagero só de vir e escrever aqui essas coisas que quero dizer, e olha que nem é por medo das respostas ou falta de coragem de dizer algo, só, pelo simples fato de que eu estou tão acostumado com respostas evasivas e saídas estratégicas que provavelmente é só isso que eu vou ter e frustrado com uma conversa iria ficar.

Você preferiria que eu estivesse surtando? Qual seria sua reação? E se eu te pedisse pra jogar tudo pro alto? Você tentaria não ser tão rude em sua negativa ou diria com todas as letras “eu não quero”? E acho que o mais importante pra mim agora, além do choque o que mais teve: “cara, você não sabe o quanto isso me deixa alegre saber” ou “que...bom ou” até mesmo “não, por favor diga que não”?


Vai, eu devo tá enlouquecendo por dentro aqui, até porque eu não sou tão maduro e altruísta a ponto de dizer “estou * apaixonado” e não esperar nenhuma resposta, mesmo eu querendo que você seja feliz, e sabendo que qualquer resposta provavelmente não iria te fazer bem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não é nada demais, mas somente um alguém tem me inspirado...

“You've been good to me, you made me glad when I was blue”

Ao decidir algo, pense bem em quantas músicas suas bandas preferidas cantam sobre saudades. E compare isso com quantas músicas o RBD canta sobre saudades. E voilá você já tem uma base se é certo ou não, claro, ignore isto se sua banda favorita ser RBD e só feche essa janela.
O mundo, os sentimentos as pessoas estão em constante evolução e revolução, oque você sente agora não é o que você sentia a um segundo atrás pelo simples fato de você ter vivido um segundo a mais daquele sentimento. Apegar-se a algo bom que se passou, por melhor que seja, é tão útil e vai te fazer tão bem quanto se apegar a alguma coisa ruim que você vivenciou. Ilógico? Talvez, mas nenhuma memória memória, experiência passada pode servir de base pra algo que faz teu coração palpitar, um calor envolver seu corpo, um sorriso se revelar involuntário, e os suspiros aparecerem. Sentimento podem não passar de reações químicas do seu corpo em busca de um objetivo ligado a reprodução ou sobrevivência, mas isto não faz deles menos bonitos e mais racionais quando os sente.
Citando-me e recitando-me “as pessoas deveriam voltar por se apaixonar pela mesma pessoa, independente do que elas já dividiram”, e essa é a verdade máxima pra mim mesmo, lembre-se do sentimento do primeiro beijo, dos primeiros olhares de desejo, de todas as possibilidades e emoções transbordando um novo caminho, a ideia não é voltar por ter sentido isso e querer de volta, a ideia é sentir isto pra voltar. Nenhum motivo pro fim é um motivo vão, nenhum momento sozinho é dolorido por si só, é tudo um processo, um aprendizado, pra você dizer que se conhece de verdade, que sabe o que está fazendo e o porque você está fazendo.
Eu sou e sempre serei partidário de que um relacionamento se constitui de doar-se, oferecer alegrias e felicidades e como consequência recebê-las, se for baseado na busca de algo está, indubitavelmente fadado ao fim, mas quem sabe? Esse fim pode aparecer depois que a vida já nem existe mais.
Certo ou não, certeza ou dúvida, necessidade ou vontade, carência ou satisfação. Nada disso importa se em uma troca de olhares o universo para pra observar vocês dois e qualquer problema vira inexistência dentro da existência de um casal.

O maior problema de você ser um romântico idealista, é que por mais bonito que você ache qualquer tipo de sentimento e amor, você não aceita nada mais que o ideal pra você, o que simplesmente você tem grandes chances de nunca ver na vida.



Pequenas dicas:
nunca reate um relacionamento, voltas são que nem tempos, tentativas frustradas de se chegar a algum lugar, apaixone-se de novo e de novo, tenha um novo laço, uma nova ligação, um novo amor. Nem que seja pela mesma pessoa.

Pessoal termina e volta muito durante as férias, só uma observação, férias tem um clima de curtição, uma ideia de aproveitar que as vezes vai contra certos relacionamentos e isso incentiva a terminar, quando esse aproveitamento não aparece, sente-se falta, o que se incentiva a voltar. Bora pensar em nos motivos, desde a traição até o tédio que se tem ao ficar com uma pessoa por tempo demais durante uma tarde.


Relacionamentos tem se desfeito, se criado e se refeitos em tanto volume essas ultimas semanas que eu tenho tido sérias dúvidas sobre querer ser social. ;p

sábado, 29 de janeiro de 2011

A barragem está se rompendo, e eu não sei o que vai sobrar de mim no final

Me deleito com as visões luminosas de nós dois.
Uma sensação de saudades, de necessidade, quero isso, quero você.
Aquela mesma textura, onde só impressões de memória sobrevivem agora, mal lembro da sua voz, mas te quero.
Sem planos, só com as lágrimas que me escorrem do rosto por motivo algum além da distância de nossos corações, e da inexistência da pressão do seu corpo sobre o meu.
Lembro-me das marcas deixadas pelas suas unhas em mim, sinto um tremor de vontade, lembro-me de tudo, quero tudo, e nisso incluo os momentos ruins, algumas choradeiras, os abraços de perdão.
Estou com a tendência de exagerar nas palavras só para parecer bonito e impressionar.
Tenho a impressão de estar desassociado, cada parte de mim agindo independente, , meu coração não sente o que minha mente quer, minha mente precisa do que meu coração um dia quis, minhas mãos, indecisas se escrevem as palavras do coração ou da razão, transformam um simples “Estou com saudades de você, muitas saudades, não deveria, mas estou.” em algo floreado, um monte de desculpas na tentativa de mascarar isso pra que ninguém mais além de você perceba, e sim,quero que notem, anotem, comentem, me zoem.
Só sinto falta de algo diferente aqui do meu lado, de pertencer a alguém do mesmo jeito que sinto falta de ter alguém, não pra controlar e me sentir dono, só pra me perguntar se você pensa em mim a todo tempo, do jeito que penso em você.
Prometi a mim mesmo negar, fingir até se tornar realidade, ignorar toda e qualquer coisa sentimental, me agarrando a uma imagem depravada, infantil. E no momento que eu não consigo mais, no ponto de saturação de fingimento eu finalmente revelo minha face de novo, e advinha, ela é tão infantil e dependente de coisas sem sentido quanto as minhas máscaras.

Quero algo que não devia querer, quero algo que não vou ter, exalo pena de mim mesmo, para que os outros sintam o mesmo, ridículo, exposto, não negado e ainda assim nada feito para se resolver, aliás, o que deveria acontecer agora? Saudade passar do nada, o peito apertar tanto a ponto de me faltar ar? Tudo desistir e sumir daqui? Ou eu deveria quebrar todas as máscaras, desabafar de verdade, desmentir algumas coisas, descobrir a verdade que me nego a enxergar em outras?

Não sei porque, mas parece tão errado precisar de alguém, querer alguém, principalmente este alguém em específico que não fez nada pra engatilhar essas reações e sentimentos. Alguém que tá tão na dela que eu sentiria ânsia de ter que forçar qualquer palavra de dependência como essas em uma simples mensagem escrita, e provavelmente daria uns belos socos em mim mesmo se falasse cara a cara, o que é impossível.

Não sei se pergunto pra mim isto, ou se faço isso esperando uma opinião alheia, ou mesmo a sua opinião: sinto falta de você, dos momentos, das possibilidades, sinto-me mal, o que faço?

sábado, 15 de janeiro de 2011

algo de um meta-universo qualquer

Ao som de “Perturbado” minha personalidade volta a borbulhar, e eu sinto meu ego ser engolido por uma serpente gigante. All hail a arca de Set, SETARK. Espiralando novamente, voltando a viajar décadas, experiências, anos-luz a cada giro . Sinto-me realizado, ou algo perto disto, a única coisa que me falta é um corpo alheio que tenha a capacidade de me deixar ligado, mas ainda não tornou-se necessidade, é puro desejo. Depois de conversar com pessoas bobas, que ficam ainda mais lindas bobas por transparecerem um lado que elas negam, tive uma epifania em meses, descobri uma nova realidade ou redescobri uma velha verdade.
Volto a correr em direção a borda do universo, e de dash em dash vou deixar todos vocês em estado de amência, tão curiosos pra entender o que eu digo totalmente que a própria curiosidade perde a força, onde tudo que você lê aqui, vá parecer algo de um meta-universo qualquer, longe e distante de si. Mas vai por mim, meu mundo, minha soberania, minha realidade é sobre a sua realidade, eu só pareço me drogar mais.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Flutuando, flutuando, flutuando.

Meu mar é, com suas ondas, constantes reviravoltas, ideias que já deveriam ter sido sepultadas voltam como oferendas em barcos de papel, atitudes que já deveriam ter morrido por terem cumprido com suas funções, insistem em continuar aqui, me levando pro alto, pra falta de conteúdo, de vontade, de mim.
Não sei o que espero, se é que espero, só sei o que quero, e quero o fundo do poço pra variar, de cair o mais fundo possível, onde nada pode me fazer cair mais, lá sim é meu porto-seguro, meu lar, onde eu me sinto em casa e a vontade.
Faça-me apaixonar pelo teu olhar, amar loucamente o modo que você move os lábios, me chute, sem dó nem piedade quando eu estiver no meu ápice de desejo e suma da minha vida, sugue meu corpo, minha alegria, minha dedicação, meu brilho. Mata-me de tesão e frustração, de raiva e desejo, me mande pro fim do mundo com um olhar de desdem, estraçalha minh'alma com uma frase de desprezo. Me afogue, afunde, iluda, brinque, seduza, me faça mal enquanto eu sorriso pra você. Mata-me com vontade, lentamente, mas com vigor, destrói-me por dentro, acaba com minhas esperanças. Seja minha imagem e semelhança, meu espelho.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estabilizando massa emocional

Eu sinto que deveria escrever algo, qualquer coisa, pra ver se algo muda aqui dentro.
Tomei fôlego demais para existir, dei uma pausa muito grande em mim mesmo pra não me machucar com coisas que não iriam machucar, seguei tanto ar para os meus pulmões de motivação que acabei flutuando, tornando-me superficial, perdendo um pouco da minha talvez profundidade, da minha marca, de quem eu sou, ou melhor, de quem eu gosto de ser.
Sempre circulei, agora me encontro com o chão da realidade, não que seja algo ruim, mas eu não nasci pra rolar por ela, e sim pra voar sobre, alcançar tal profundidade no céu que quebraria a barreira do espaço.
Volto a descer a espiral, com um sorriso no rosto, com o coração batendo forte, com minha alma se sentindo parte de algo maior, com meus desejos verdadeiros se redefinindo, com a consciência de que eu quero você tanto quanto eu me quero, porque no fundo, eu não só te entendo, te leio, e te conheço, lá no fundo você é eu e eu sou você.