quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um passado, um exagero

Sabe, eu tenho tanto a te dizer, mas sei tão pouco em como transformar isso em palavras. Você sorrindo é a coisa mais importante pra mim nesses últimos dias, tua cara de felicidade, teu jeitinho pervertido, todas as brincadeiras, ironias e sarcasmos, todo esse amor tem me tirado dessa realidade. E meu anjo, não importa quem nos machucou no passado, não importa quem a gente machucou mesmo sem querer, e principalmente não importa ninguém que seja além de nós dois. Tudo vai nos puxar pra baixo, tal como a gravidade faz, mas se a gente continuar segurando as mãos um do outro, e olhando fundo nos olhos, não importa o tamanho da queda, pois vamos voar por cima de tudo e todos. E eu posso nunca mais dizer "eu te amo", mas vai bastar você olhar pra mim, e você verá que eu transpiro esse amor por você, que meus pensamentos e atenção, que meu carinho e paixão, que meu amor, na sua forma mais intensa e agradável está em você. Por isso não tenho vergonha nenhuma de dizer: eu te amo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Afinal, o que você quer de mim?

 Subitamente me sinto grande, subitamente me sinto inútil, subitamente me sinto pura enganação, subitamente me sinto verdadeiro, alegre, depressivo, feliz, um merda.
 Eu vou fundo demais, rápido demais, tornando-me superficial, sem tocar a essência de verdade, sem deixar se tocado. Barreiras, inconscientes, indestrutíveis, sem motivo ou razão.
 A pior parte é que eu sei que falo a verdade, sei que a sinceridade saí da minha boca e só ela, mas não é suficiente, não cria-se comprometimento e parece vulgar, distante, falso.
 Volto a idealizar meu mundo, exatamente por meu mundo estar se tornando o que eu queria e assim o perco. Não sei ser o que eu deveria, não consigo ser como querem que eu seja, tento exercer o herói, a imagem o salvador que existe em mim, onde cara sorriso se torna uma ponta de alegria que eu sugo e vampirizo pra minha vida.
 Por que raios me destacam, inflam e depois me alienam? Por que raios eu deixo fazerem isso? Meu gosto pelos elogios, sensação de ser único, perfeito, especial sobem minha cabeça feito chama, no fim torno-se mais um, alienado por não conseguir me focar em uma única vida, em querer abraçar o todo, ser um pai, um amante, um amigo, um companheiro.
 Já não estou olhando o mundo como minha vitrine, estou ali, dentro, vendo todas as possibilidades fugirem de mim enquanto eu não escolho uma única para agarrar.
 Em um momento de auto-confiança quase excessiva disse: “meu maior problema é ser só um”, agora, humildemente reforço essa ideia, eu queria ser muitos, suficiente para fazer cada pessoa que quisesse sorrir com qualquer coisa boba.

Agora peço, não como só parte dessa postagem, mas verdadeiramente, que me respondam:

O QUE VOCÊ QUER DE MIM?

 Você mesmo, que deve a vontade ou curiosidade de ler isso aqui, você mesmo que já falou comigo e quis algo de mim, me responda isso. Email, comentários, msn, orkut, telefone, cara a cara; os meios estão aí, eu só quero uma resposta.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Inesperado

Ondas sonoras flutuando no ar depois de estrondosas baforadas soando por meio de uma haste de boi. Um segundo, um olhar, um sorriso, algumas palavras trocadas, lábios, surpresa e uma certa satisfação.
Passeio, desencontros, toques indevidos por seres sem consciência. Vibrações musicais desagradáveis, aquele suor escorrendo nas faces de desconhecidos, todos unidos pelos mesmos propósitos nefastos.
Finalmente reencontro, esperado mas não procurado, minha mente esquadrinhava a dela, em busca de algo, brechas, sonhos, traumas, pequenas alegrias, desilusões, arrependimentos. Tudo sem dizer uma única palavra, sem ao menos dar a entender que fazia isso. Mas inegavelmente algo me parou e me suspendeu por algum tempo, uma face, um olhar, meio que inebriado, um sorriso sincero, continuava confuso, agradavelmente confuso, e senti um pouco de medo, não por ser algo medonho, mas por gostar daquilo.
Um abraço forte e apertado, uma intimidade instantânea, mas incrivelmente não soa como superficial. Aquele olhar persistia, o sorriso também, minha boca automaticamente respondia com um sorriso tão sincero quanto, não por obrigação, mas por puro prazer. Uma, admito, quase fuga, minha percepção já estava se distorcendo, como se minha consciência de poucos minutos estendesse por uma eternidade, porque era esse o tempo que eu pensei conhecer aquela garota, pelo sempre.
Voltas, voltas, risos e risadas, músicas, bebidas, pessoas, pijamas, dança.
Ao longe, deleitei-me com uma cena engraçada, embriagados seduzindo garotas, uma delas olhava pra mim, quase que pedindo ajuda, perder de vista, reencontrar, chamar e a dança recomeça: beijos longos, beijos curtos, selinhos, abraços confortante, unhas percorrendo as costas causando pequenos tremores, mordidinhas, beijos, pescoço, orelha; corpo contra corpo.
Em conversas, coisas em comum: raivas, ódios, intolerâncias sobre as mesmas coisas, gostos parecidos.
Um clima, uma sensação estranha, incomum, e mesmo assim prazerosa, algo como cumplicidade. Mas realmente fui ganho com um beijo na mão, com as pequenas ironias e o olhar sincero.