Ele via sua vida como
uma sucessão de vários curta-metragem, todos com mesmo tema. Sempre
com aquela impressão de solidão. Só desejava algo épico, uma
única vez, algo único e grandioso.
Sem poder pausar ou
mesmo mudar de mídia continua vivendo nesse ciclo, sempre cansado e
distante das coisas. Deveria parar de pretender as experiências e as
fazer acontecer, mas sua procrastinação e preguiça não lhe
permitem. Tenta em vão por blackouts de luz na sua existência com
entorpecentes que pouco funcionam. E espera o dia em que sua tela vai
ser desligada, nunca realmente vivendo, sempre observando, rindo e
chorando sozinho, sentado no seu banco e olhando pros lados todo o
tempo em busca de alguém que não está lá pra tecer algum
comentário sobre seu próprio filme.
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