sábado, 11 de dezembro de 2010

Afinal, o que você quer de mim?

 Subitamente me sinto grande, subitamente me sinto inútil, subitamente me sinto pura enganação, subitamente me sinto verdadeiro, alegre, depressivo, feliz, um merda.
 Eu vou fundo demais, rápido demais, tornando-me superficial, sem tocar a essência de verdade, sem deixar se tocado. Barreiras, inconscientes, indestrutíveis, sem motivo ou razão.
 A pior parte é que eu sei que falo a verdade, sei que a sinceridade saí da minha boca e só ela, mas não é suficiente, não cria-se comprometimento e parece vulgar, distante, falso.
 Volto a idealizar meu mundo, exatamente por meu mundo estar se tornando o que eu queria e assim o perco. Não sei ser o que eu deveria, não consigo ser como querem que eu seja, tento exercer o herói, a imagem o salvador que existe em mim, onde cara sorriso se torna uma ponta de alegria que eu sugo e vampirizo pra minha vida.
 Por que raios me destacam, inflam e depois me alienam? Por que raios eu deixo fazerem isso? Meu gosto pelos elogios, sensação de ser único, perfeito, especial sobem minha cabeça feito chama, no fim torno-se mais um, alienado por não conseguir me focar em uma única vida, em querer abraçar o todo, ser um pai, um amante, um amigo, um companheiro.
 Já não estou olhando o mundo como minha vitrine, estou ali, dentro, vendo todas as possibilidades fugirem de mim enquanto eu não escolho uma única para agarrar.
 Em um momento de auto-confiança quase excessiva disse: “meu maior problema é ser só um”, agora, humildemente reforço essa ideia, eu queria ser muitos, suficiente para fazer cada pessoa que quisesse sorrir com qualquer coisa boba.

Agora peço, não como só parte dessa postagem, mas verdadeiramente, que me respondam:

O QUE VOCÊ QUER DE MIM?

 Você mesmo, que deve a vontade ou curiosidade de ler isso aqui, você mesmo que já falou comigo e quis algo de mim, me responda isso. Email, comentários, msn, orkut, telefone, cara a cara; os meios estão aí, eu só quero uma resposta.

Nenhum comentário: