sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ima sugu henshin!

Uma frequente ânsia. Tenho algo entalado na minha garganta que não me deixa vomitar, penso eu ser algum discurso esquecido ou um grito de socorro.
A visão continua ofuscada, a cabeça girando e doendo, os movimentos mal calculados e a concentração longe. Quem dera fosse um efeito colateral do álcool . Pra falar a verdade, penso que esse é o melhor caminho pra sorrisos fáceis e menos dolorosos agora.
As teias tecem-se de forma artificial, sua estrutura parece pré-programada com joguinhos de poder, palavras, silêncios; e eu me enrolo, prendendo-me nisso.
As vezes sinto falar como se tivesse dizendo tudo, menos a verdade em si, o que eu quero dizer. Mas a verdade é, eu não sei, eu realmente não sei o porque, posso até apontar pra certos gatilhos, mas nenhum deles sozinho me deixaria aqui.
Do mesmo jeito que a ânsia vem, uma vontade súbita, de chorar me aparece, e eu quero chorar, como quero, seria minha salvação, o modo perfeito pra se extravasar qualquer coisa que não consigo colocar em palavras, mas nenhuma lágrima vem, não por isso. E os únicos momentos que meus olhos se enchem de lágrimas são por perguntas triviais sobre coisas que nem ao menos estão definidas, e que, principalmente não dependem de mim, coisas estas que já deixei expressa minha vontade e só espero algum pronunciamento, que sinceramente tenho certeza de ser negativo, como o esperado.
Talvez se eu ligar essas malditas músicas que me dragam pra baixo mais e mais alto o suficiente eu possa explodir algo, como minha sanidade. Ou a impressão que eu tenho dela.
Sinto falta da vida que nunca tive fora dos meus universos projetados, de uma vida de mendicância de sossego, de corpos espalhados madrugada a dentro, experiências lúdicas sem fim, uma grade infância irresponsável que eu só sairia sem um figado e possivelmente com um pulmão a menos. O suficiente pra me despedir.
Tem certas coisas que eu preferiria não ter conhecimento, atos e ideias estas que me deixam feliz ao mesmo tempo que me dão vontade de quebrar minha cabeça em qualquer parede a fim de esquecer.

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