terça-feira, 13 de outubro de 2009

Os ponteiros do relógio já estão tontos de tanto girar.
O vento do tempo me chacoalha como a saliva que é trocada por formas de luz incandescentes de tom azulado, com toques de amarelo e essência vermelha.
Eu flutuo pela constância da temporalidade, viajando pelas eras nos portais de lembranças das pedras amarradas aos pescoços. E ao som das vozes que soam pelas paredes e mesas escorro pelo ralo das projeções, dirigindo meu conversível pelas curvas quentes na penumbra do seu quarto. Rosas marcadas pelo orvalho do êxtase se erguem nas estradas causando-me espasmos e convulsões de perdição, lançando-me no mais misterioso véu do universo.
Descendo pela espiral do todo, situando-me no centro do relógio solar.


Traduzindo: estou entediado, extremamente entediado a ponto de ficar viajando em lembranças dos beijos e da minha infância, e cada palavra, som que eu ouço que está fora de mim eu vou indo em direção a projeções do futuro, onde eu deslizo minha mão por um corpo quente, e no seu orgasmo eu alcanço o meu e aí eu volto amim mesmo, ao presente me situando no meu prórpio tédio de novo.

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